quarta-feira, 20 de junho de 2012

Na Rio+20, Dilma cobra ação e dinheiro dos países desenvolvidos

Presidenta do Brasil acusou nações ricas de transferir indústrias poluentes para o Sul e criticou descumprimento de ajuda acertada na Rio 92

Raphael Gomide iG Rio de Janeiro  - Atualizada às 
Em seu discurso do 20 minutos na abertura oficial da Rio+20, a presidenta Dilma Rousseff cobrou dos países desenvolvidos maior engajamento e recursos para promover o Desenvolvimento sustentável, tema da conferência da ONU.

Agência Brasil
Dilma Rousseff

"A transferência de indústrias mais poluentes do Norte para o Sul colocou as economias mais desenvolvidas como tidas como mais limpas, e deixou a pesada conta ambiental para esses países. A promessa de ajuda não se materializou nos níveis prometidos e necessários, apesar dos esforços de alguns países", afirmou Dilma.
Esse princípio Prevê que todos os países são responsáveis, porém os mais desenvolvidos têm maior carga de compromissos, inclusive finaceiros. Embora seja de 1992, o tema voltou a debate nesta Rio+20, e os desenvolvidos queriam vê-lo revogado, alegando o recente crescimento de nações como os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).Segundo ela, o princípio das "responsabilidades comuns mas diferenciadas" - estabelecido na Rio 92 - tem sido muitas vezes "recusado na prática".
"Várias conquistas da Rio 92 permanecem no papel. Temos a responsabilidade de agir para mudar este quadro."
A presidente reconheceu que o mundo atravessa a mais grave crise econômica pós-2a Guerra Mundial, mas usou o exemplo da América Latina dos anos 80 e 90 para receitar políticas de crescimento e geração de empregos como "única via segura para a recuperação econômica".
Dilma citou evoluções do Brasil nos campos social, econômico e ambiental para afirmar que "isso nos autoriza a demandar maior contribuição dos países em desenvolvimento para o esforço global".
De acordo com ela, o "desenvolvimento Sustentável é a melhor resposta aos desafios do clima. "A proteção ambiental é parte integrante do processo de desenvolvimento. Na construção do Desenvolvimento Sustentável, os Estados têm responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Reconhecemos a necessidade de eliminar padrões insustentáveis de produção e consumo."

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